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Nossa História

‘‘Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer,
no presente e no futuro, os mesmos erros do passado.’’


Emília Viotti da Costa

Introdução - Dados Geográficos
    O município de Virgínia fica situado na microrregião de Itajubá, no sudoeste mineiro, com uma área territorial de 326,515 km2. De acordo com o último censo do IBGE em 2022, a cidade conta com 8.908 habitantes. Na região há um importante sistema fluvial para as atividades desenvolvidas, principalmente para a pecuária. Com isto, o município conta com vários cursos de água e que podem ser destacados, o Rio Lourenço Velho, o Ribeirão do Maranhão e entre outros cursos de água. Em Virgínia, Minas Gerais, destacam-se o Pico da Fortaleza, com 1619 metros de altitude, e o Pico do Cruzeiro, ambos na Serra da Mantiqueira. A região também oferece outras opções de caminhadas e trilhas para mountain bike, com paisagens exuberantes e a possibilidade de avistar cidades vizinhas, como São Lourenço. 
    
     A cidade está incluída no Circuito de Terras Altas da
Mantiqueira e conta com diversos atrativos naturais, além de ter oportunidades culturais para quem visita a cidade. Em Virgínia, destacam-se como principais cursos d’água o Rio Lourenço Velho, o Ribeirão do Maranhão (formado pela confluência do Córrego do Sertãozinho e do Ribeirão do Caeté), o Rio dos Santos, além dos ribeirões do Jacu e São Francisco. O município possui uma parte de seus cursos d’água pertencentes à bacia do Sapucaí e outra ao rio Verde.
Mapa da Região de Minas Gerais com a Parte do Caminho de
São Paulo e do Rio de Janeiro para as Minas, mostrando os
Afluentes do Rio São Francisco. Fonte: Digital Mundial
Século XVI
A análise da presença indígena no município de Virgínia revela um passado marcado por relatos de violência e exploração. Conforme aponta Fontana (2014) apud Guimarães (2017), uma característica sombria dessa história são as narrativas de indígenas capturados a laço. O autor citado por Guimarães detalha que proprietários de terras nas regiões conhecidas como Grotão e Caetê empregavam armadilhas com alimentos com o objetivo de aprisionar, principalmente, mulheres indígenas durante a primeira metade do século XX.
GUIMARÃES, Gustavo Uchôas. PRESENÇA DE INDÍGENAS NO MUNICÍPIO DE VIRGÍNIA - UM RESGATE DA HISTÓRIA INDÍGENA SUL-MINEIRA. In: XXIX SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 24 a 28 de julho de 2017, Brasília.
 Imagem: Puris – Wikipédia, a enciclopédia livre

Século XVII
Durante o século XVII a região foi local de travessia das sesmarias portuguesas.

Século XVIII

No inicio do Século XVIII houveram buscas na tentativa de encontrar ouro ou reservas minerais, não havendo êxito as terras foram utilizadas para exploração de atividades agrícola e pecuária. Foi o inicio da colonização europeia na região, e as investidas portuguesas contra as etnias indígenas dos Purís.

Século XIX

O século XIX testemunhou o despertar e a consolidação da história de Virgínia, um nome que ecoa a devoção, a fé e o esforço comunitário. Em 1837, o modesto povoado, então conhecido como “Maranhão”, abrigava 669 habitantes, um retrato da incipiente ocupação da região. Ainda que embrionária, a economia local já dava sinais de dinamismo, com propriedades rurais em atividade e produção voltada para o crescente comércio regional.

Foi nesse cenário que a passagem do Padre Custódio de Oliveira Monte Raso representou um marco fundamental. Sensível à religiosidade da população, o sacerdote vislumbrou a necessidade de um espaço sagrado e sugeriu a construção de uma capela em honra à Nossa Senhora da Conceição. Sua proposta encontrou apoio imediato entre os moradores e, em um gesto de profunda devoção, os fazendeiros Diogo José Labat Uchôas e Francisco Ribeiro Pires doaram cinco alqueires de suas terras para a edificação do templo.

A construção da capela tornou-se um ideal coletivo, mobilizando a comunidade em um verdadeiro mutirão que uniu esforços, recursos e fé. Em 1856, ergueu-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição, testemunho da união e da espiritualidade da população. Ao redor do templo, delinearam-se a praça central e as primeiras ruas do povoado, e, em homenagem à padroeira, o antigo Maranhão passou a ser chamado Virgínia.

As primeiras artérias da jovem localidade eram poucas, mas expressivas: a Rua da Ponte, a Rua do Comércio (também conhecida como Estrada ou Beco da Partida), a Rua das Flores e a Rua Nova. A formação urbana, ainda incipiente, era impulsionada pela presença da capela e pelo crescente sentimento de pertencimento que unia os moradores.

A inauguração oficial da Capela de Virgínia teria ocorrido em 8 de dezembro de 1860, durante as festividades da Imaculada Conceição. No ano seguinte, em 1861, Virgínia foi elevada à categoria de paróquia (freguesia), como distrito de Cristina, tendo o próprio Padre Custódio como seu primeiro vigário residente, cargo que ocupou até 1867. Sua atuação pastoral foi marcada pela dedicação religiosa e pelo comprometimento com o bem-estar da comunidade.

A trajetória do Padre Custódio estendeu-se além dos limites de Virgínia. Na década de 1870, ele liderou a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Baependi, fortalecendo sua devoção à Imaculada Conceição e ao Sagrado Coração de Jesus. A capela anexa à Santa Casa foi inaugurada em 28 de janeiro de 1881, tornando-se mais um legado de sua fé e vocação social.

O reconhecimento oficial da crescente importância de Virgínia ocorreu em 1865, com sua elevação à categoria de distrito. A partir daí, a trajetória administrativa do local passou por sucessivos desmembramentos e reassociações. De 1866 a 1870, integrou o município de Cristina; de 1870 a 1880, foi anexada a Pouso Alto; de 1880 a 1891, retornou a Cristina; e, por fim, voltou à jurisdição de Pouso Alto. Essas oscilações refletiam as dificuldades de locomoção e a busca por divisões territoriais mais coerentes, diante do crescimento populacional e da migração para o estado de São Paulo.

A elevação política de Virgínia trouxe consigo avanços significativos, como a criação de serviços públicos básicos, incluindo os cartórios de registro. Em 1884, o dinamismo comercial da localidade era evidente, com 28 profissões oficialmente registradas. Ainda assim, a vida cotidiana mantinha o ritmo típico de um núcleo social restrito, voltado à convivência comunitária e à manutenção de suas tradições.

O cenário arquitetônico local também passou por transformações. A partir da segunda metade do século XIX, a influência estética europeia — em especial a francesa — começou a se fazer notar. Casas no estilo chalé com varandas passaram a compor a paisagem urbana, sobretudo nas áreas centrais. No campo, embora o uso de materiais locais persistisse, já se observava a construção de edificações de dois pavimentos, sinalizando mudanças no modo de vida.

Para compreender as raízes mais profundas dessa história, é necessário recuar ainda mais no tempo. Em 22 de outubro de 1698, uma Ordem Régia já havia concedido sesmarias para o povoamento da região, estabelecendo um prazo de dois anos para o efetivo cultivo das terras. Em 1710, João de Toledo e Pisa Castelhanos recebeu nova concessão para explorar e ocupar as terras situadas “ao pé da Mantiqueira”, nas margens do ribeirão Caetê. Esse território viria a se tornar parte do município de Campanha, considerado o berço do sul de Minas Gerais, e marca o início da presença europeia organizada na região, em um contexto de expansão portuguesa sobre territórios até então habitados pelos indígenas da etnia Purí.

Assim, a história da fundação de Virgínia é tecida pela fé de seus pioneiros, pela generosidade dos doadores de terra, pela liderança pastoral de Padre Custódio e pela solidariedade de uma população que construiu, com as próprias mãos, o espaço onde hoje pulsa a vida da cidade. Entre capelas, ruas, mutirões e tradições, Virgínia ergueu suas raízes e consolidou sua identidade, que ainda hoje ecoa nas montanhas do sul de Minas.
Com isto, em 1861, o povoado foi elevado à categoria de freguesia e parte integrante do município de Cristina. Entretanto, a relação entre as duas localidades não era intensa devido à distância e as dificuldades de locomoção entre ambas.
O status de Virgínia viria a mudar anos depois, em 1866, através da Lei Provincial n°1.306 de 1866, tornando-o um distrito, mas ainda associado a Cristina. Inicialmente, a comunidade virginense pertenceu à cidade de Cristina, porém esse pertencimento foi alternado entre Cristina e Pouso Alto.
De 1886 até 1870, pertenceu a Cristina, depois de 1870 até 1880 passou a ser associado a Pouso Alto e de 1880 a 1891 voltou a ser parte de Cristina, até que passou a pertencer novamente a Pouso Alto.

1870: Lei Provincial 2.5.7 desassocia Virgínia de Cristina e a associa ao município de Pouso Alto.

Anos 1880: Lei nº 2.650 retorna à subordinação do Distrito de Virgínia ao município de Cristina.

Lei Estadual nº 2 associa novamente o distrito ao município de Pouso Alto.

Essas mudanças refletem a indefinição dos limites da região em um período de crescimento populacional e migração para São Paulo.

O governo estadual busca divisões administrativas mais equilibradas para controlar a expansão demográfica e a arrecadação de impostos.

A elevação da condição política de Virgínia representa avanços no acesso a serviços básicos, como cartórios de registro de imóveis.

1884: População de Virgínia atinge 5 mil habitantes, um aumento significativo em 57 anos (cerca de 747%).

Diversificação das atividades comerciais continua, com 28 profissões registradas.
Apesar da diversificação, a dinâmica econômica e social permanece relativamente estável, mantendo características de uma comunidade restrita

 

 
Primeira Capela
Construção da capela de Nossa Senhora da Conceição, a população local construiu a igreja em mutirão. A praça principal e o arruamento da povoação foram delimitados. A povoação foi renomeada para Virgínia em homenagem a Nossa Senhora da Conceição
 

 
Em meados do século XIX, a região de Virgínia já contava com algumas propriedades rurais cuja produção era direcionada ao comércio, evidenciando os primeiros sinais de organização econômica local. Foi nesse contexto que o Padre Custódio de Oliveira Monte Raso, ao passar pela localidade, reconheceu a devoção da comunidade e sugeriu a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A proposta encontrou eco entre os moradores e se tornou um símbolo da fé coletiva. Naquele tempo, o povoado era formado por apenas quatro ruas: a Rua da Ponte, a Rua do Comércio, a Rua das Flores e a Rua Nova — vias modestas, mas fundamentais para o início da formação urbana da futura cidade de Virgínia.
       
 
"Rua do Comércio"


"Estrada, Beco da Partida"

1856:
Construção da capela de Nossa Senhora da Conceição pela população local em mutirão.
A praça principal e o arruamento da povoação foram delimitados.
A povoação foi renomeada para Virginia em homenagem a Nossa Senhora da Conceição (originalmente "Virgínea").

O povoado é composto por apenas 4 ruas: Rua da Ponte, Rua do Comércio ("Estrada, Beco da Partida"), Rua das Flores e Rua Nova.

1865: Virginia se torna um distrito.

Emancipação do distrito:

No final do século XIX, Virgínia já se destacava como um dos distritos mais importantes do município de Cristina, o que impulsionou os primeiros debates sobre sua emancipação.

A criação oficial do município ocorreu em 30 de agosto de 1911, por meio da Lei Estadual nº 556, desmembrando-se de Pouso Alto. Inicialmente, continuou como distrito até ser elevado à categoria de cidade em 2 de março de 1938, conforme a Lei Federal nº 311.

Art. 1º O Município de Virgínia, Província de Minas Gerais, criado pela Lei Estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911, integra, com autonomia político-administrativa, a República Federativa do Brasil.

Final do século XIX:

Virgínia se destaca como um dos distritos mais ativos do município de Cristina.
A administração do distrito alternava-se entre Cristina e Pouso Alto.
A população passa a reivindicar a emancipação política.


Século XX - Inauguração do Distrito

1912: 02 de junho, Instalação o distrito, com José Clemente Muza como primeiro agente do executivo.
Virgílio José da Rocha Brito nomeado como primeiro Juiz de Paz.
Coronel José Bráulio Brito assume o cargo de autoridade máxima do município


José Clemente Muza


Coronel José Braulio Brito

Grupo Escolar Delfim Moreira
O Grupo Escolar Delfim Moreira, foi inaugurado em 15 de janeiro de 1918. Seu primeiro diretor foi o farmacêutico Eugênio de Freitas Pacheco.

 


Primeira Sede do grupo Escolar Delfim Moreira


Eugênio de Freitas Pacheco.

Década de 1920:

A década de 1920 foi marcada pela construção e inauguração da primeira usina hidrelétrica situada no Rio Sertãozinho, e que operou até os anos de 1960. Sendo desativada no inicio dos anos 1970, no governo de José Ribeiro Chagas


Casa de máquinas e residência do operador.
Operador presente na foto Josef Weyrer


Década de 1930

A década de 1930 marcou o começo da modernização estrutural da cidade com traços de arquitetura moderna, mas ainda mantinha a tendência local das construções já existentes na cidade. Houve também a expansão educacional na sede do município com a inauguração do Colégio de Virgínia, e a construção de escolas rurais. Marcou também esta década a instalação do primeiro posto de combustível marcando o início do desenvolvimento local.


Primeiro posto de combustível da cidade.

Década de 1940
O que foi o marco da década de 1940 foi a construção da Capela de São José, com a doação do Terreno Realizada por José Teotônio, juntamente da doação do sino que viria a ser usado na capela, por João Torres. A religião Católica é a predominante no município nesta época.

 


Capela já construída.

Década de 1950

1952 - Primeira peregrinação com objetivo de levar ao Pico da Fortaleza o Primeiro Cruzeiro, foi coordenada pelo Padre Missionário Virgílio




Padre Missionário Virgílio.

 

1954 - Fundação da Corporação Musical Santa Cecília

Fundada em 15 de março de 1954, a Corporação Musical Santa Cecília representa a continuidade de uma tradição musical que tem raízes profundas em Virgínia/MG.

Sua origem remonta ao início do século XX, com a banda do maestro Bentinho, e foi consolidada na década de 1940 por Joaquim Ferreira da Costa, que herdou instrumentos e partituras da antiga Lira Souza Pinto. Joaquim regeu a banda até sua morte, em 1974.


Primeira formação da Corporação Musical Santa Cecília, comandada pelo Maestro Joaquim Ferreira da Costa.
 

1958 - Inauguração da Usina do Caete que desempenhou um papel essencial no desenvolvimento do município de Virgínia.


Na inauguração estavam presentes figuras importantes na época como o Prefeito Vicente Ribeiro Pinto, Monsenhor Dalisio Batista Dini, José de Carvalho Brito (Zezé Brito), Deputado Manoel da Silva Costa, e Padre Olavo.

No dia da Inauguração, houve uma grande procissão saindo da Igreja Matriz, conduzindo a imagem de Nossa Senhora das Graças a qual o Prefeito José Ribeiro Pinto tinha grande devoção. Uma missa solene foi celebrada, com a bênção das máquinas e discursos das autoridades marcando um novo capítulo na história Virginense.


Benção das máquinas pelo Monsenhor Dalisio.

Década de 1960

Os anos de 1960 foram marcados por alguns momentos marcantes na história como o Assentamento da Praça Cônego Monte Raso, com arborização, bancos e a pavimentação do local e a instalação de um chafariz.


Início do calçamento da praça com blocos no governo do Prefeito Sebastião de Carvalho Brito.


Residência de Mariquinha Pinto, posteriormente funcionou a coletoria estadual.


Antigo cinema Municipal chamado de Cine Brasil, e ao lado Bar Esporte (Atual Supermercado Florescer e Farmácia São Sebastião).

Nesta mesma década houve a construção da nova Igreja Matriz, com mutirão de pedreiros e doações feitas por famílias abastadas, a construção foi coordenada pelo Monsenhor Dalísio Batista Dini com a participação de uma equipe de construtores especializados. A igreja então passa a apresentar traços de ecletismo, com detalhes como Nichos integrados, colunas ornamentadas e um confessionário de madeira.






 

Ainda nesta mesma década houve a composição do hino Virginense pelo poeta José da Costa Pinto e melodia pelo renomado Maestro Joaquim Ferreira da Costa.
 

No torrão das Alterosas
Entre montanhas formosas
De belezas majestosas
A beijar o céu de anil
A Virgínia sobranceira
Em pomposa cordilheira
Na linda terra mineira
É uma glória do Brasil

Quando rompe a madrugada
A festiva passarada
Em risonha matinada
Desfere o meigo cantar
Nesta alvorada bendita
Todo coração palpita
Numa alegria infinita
Declamando o verbo amar

Ó quanta serra
Maravilhosa
Tem minha terra
Esplendorosa
A primavera
Reverdescente
Aqui impera
Perpetuamente

O Caetê, tumultuoso
Rola velos, sonoroso
No seu álveo pedregoso
Em marulho perenal
Sua linfa clara e pura
Corre em leito de verdura
Ornando mais a natura
Da minha terra Natal

Na minha terra querida
A natureza
Florida
Resplende bela e luzida
Em galas esmeraldinas
Suas matas verdejantes
Garridas e frondejantes
Tornam mais exuberantes
As maravilhas de Minas

Ó quanta serra
Maravilhosa
Tem minha terra
Esplendorosa
A primavera
Reverdescente
Aqui impera
Perpetuamente


 

1969 - Exposição Agropecuária – ExpoVirgínia:

Com início em 1969, durante a gestão do prefeito José Ribeiro Chagas, a ExpoVirgínia foi criada como uma nova festividade com o objetivo de valorizar a produção agropecuária local e movimentar o ambiente sociocultural do município.

A iniciativa proporcionou à população de Virgínia e das cidades vizinhas um momento de encontro, celebração e fortalecimento da identidade rural.


Ex-Prefeito José Ribeiro Chagas, idealizador da Expovirgínia, na abertura da festa no ano de 1969.

 

Parque de Exposições

No mesmo ano, foi criado o Parque de Exposições José de Bernardino Neto, localizado em uma área pouco povoada do distrito na época. O terreno foi adquirido graças à mobilização de fazendeiros e sitiantes, que se uniram em um esforço coletivo, realizando doações para a compra da área.


Região escolhida para a construção do Parque de Exposição em meados da década de 1960.

Década de 1970

A partir dos anos de 1970 começaram a chegar a Virgínia outras denominações religiosas protestantes como a Congregação Cristã e a Assembleia de Deus.


Inauguração da Igreja Evangélica Assembleia de Deus

1979 - Finalização da pavimentação asfáltica Virgínia x Pouso Alto

A pavimentação do trecho de 24 km da rodovia MG-350, que liga os municípios de Virgínia e Pouso Alto, teve início em 1973 e foi concluída em 1979. Antes da conclusão da obra, o acesso a Virgínia era feito exclusivamente por estradas de terra, o que dificultava o deslocamento, especialmente em épocas de chuva. A chegada do asfalto representou um marco no desenvolvimento do município, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias e impulsionando a economia local. Atualmente, esse continua sendo o único acesso pavimentado ao município, conectando Virgínia à MG-354 e aos demais centros urbanos da região.


Trabalhadores abrindo o caminho que logo viria a ser asfaltado.


Autoridades presentes para o corte da fita e inauguração do asfalto Virgínia x Pouso Alto.


Década de 1980

A década de 1980 teve seus pontos altos e baixos, como o país passava por uma crise econômica grave, o município acabou sendo impactado por ela, mas isso não impediu que também houvessem avanços e melhorias como a chegada da energia elétrica pela empresa CEMIG. E claro foi o ano em que houve a construção e inauguração do reservatório de distribuição de água potável da cidade, e a pavimentação asfáltica de algumas vias públicas no município.


Instalação Elétrica pela CEMIG.


Inauguração da Caixa de Distribuição de Água Potável em Virgínia, com a presença do Prefeito José Varella e de autoridades da época.


Pavimentação das ruas.

1983 - Segundo Santo Cruzeiro.

Devido a degradação da madeira em decorrer do tempo e de eventos naturais como chuvas, a primeira cruz posta pelo Missionário Virgílio em 8 de Junho de 1952, precisou ser substituída por uma nova e então o Padre Onofre José Caetano, coordenou em 23 de Janeiro de 1983 uma segunda peregrinação ao Pico da Fortaleza.


Foto tirada após a fixação do segundo cruzeiro.
 


Década de 1990

Na década de 1990, a cidade de Virgínia passou a contar oficialmente com um brasão municipal. O símbolo foi criado por Francisco José Brito Pinto e escolhido pela Câmara Municipal em 2 de abril de 1990.

O brasão é um dos elementos oficiais de identidade do município, representando sua história, cultura e valores. Ele passou a ser utilizado em documentos oficiais, fachadas públicas e em eventos institucionais, consolidando-se como um símbolo de representatividade e orgulho para os virginenses.


Brasão Original.


Brasão Redesenhado.

 

Significado dos Símbolos:

Torre: Representa a defesa, simbolizando a responsabilidade de todos os cidadãos de Virgínia em proteger a cidade, a ecologia, o patrimônio histórico-cultural e os valores tradicionais.
Serra: Indica a localização geográfica de Virgínia na Serra da Mantiqueira, com o Santo Cruzeiro no pico, simbolizando a fé cristã da comunidade.

Mata: Refere-se à origem do nome da cidade, derivado da mata virgem que existia na região.
Flor-de-Lis: Símbolo da pureza de Maria, em homenagem à Virgem Maria, que, segundo alguns historiadores, inspirou o nome da cidade.

Cabeça de Vaca: Representa a atividade econômica do município.
Ramo de Milho: Representa o principal cereal produzido na região.
Ramo de Ameixa: Simboliza a principal fruta produzida no município.
Faixa: Exibe as cores da Bandeira de Minas Gerais

 

Anos 2.000

No ano de 2002 novamente após tantos anos foi realizada mais uma peregrinação, desta vez coordenada pelo Padre Joaquim José Soares para ser posto novo cruzeiro que este perdura até os dias de hoje.


Comunidade de Virgínia preparando a saída com o cruzeiro no parque localizado atrás da Igreja Matriz.


Cruzeiro transportado pela comunidade local.


Fixação do Cruzeiro.
 

Virgínia nunca parou de crescer e continua avançando, sempre investindo em melhorias, cultura e no desenvolvimento do turismo. Este portal é uma prova desse compromisso contínuo, mostrando o orgulho da cidade em compartilhar sua história, suas belezas e seu potencial para quem deseja conhecer e vivenciar o melhor que Virgínia tem a oferecer.


Fontes: José Mauro Maciel
*Imagens de origem histórica, utilizadas com fins exclusivamente institucionais, culturais, histórico e social. Caso o titular dos direitos autorais entrar em contato, favor enviar e-mail para a secretaria de cultura e turismo, culturaeturismo@virgínia.mg.gov.br
Fotos: Acervo Emilia Varella e Prefeitura Municipal de Virgínia